sexta-feira, 30 de julho de 2010

Palmadas nas crianças, em nós e neles

De: Marcos Castiel - Do site: wp.clicrbs.com.br

Até porque, nós papais, vocês mamães, vivemos o dia-a-dia da educação de nosso filhos, sabemos onde aperta o calo (ou melhor, onde a palmada realmente entra em questão).

E a palmada (cuja lei está sendo criada para proibi-la) é, sim, um assunto relevante.

Para que discutir estes coitados que rastejam pelas ruas vítimas do crack?

Para que discutir impostos que pagamos e as sobretaxas privadas que nos assaltam (pedágios, colégios privados e saúde terceirizada para ficar no básico)?

A violência urbana?

A censura?
O turismo?
O transporte?
O saneamento?
O aborto?
O tráfico?
A Economia?
A morosidade da Justiça?
Sei, sei, mas o assunto é a palmada.
A palmada que levamos todos os dias de quem quer discuti-la?
Não, não a palmadinha “educativa”.
Bom, vá lá! Aceito a lei da palmada.
Mas exijo do Congresso um adendo à legislação.
Congressistas cafajestes, ladrões e safados vão levar uma palmada para cada centavo roubado ou mal empregado (ou bem, conforme o parente)?
Que tal?
Ora, todos papais de verdade sabem a diferença entre uma agressão, entre uma surra, o que é abominável, e uma palmadinha acompanhada de um olhar severo.
Claro, a palmadinha deve ser usada muito raramente, em momentos apropriados, que não devem passar de uma dezena em anos de convivência e, não, se transformar numa rotina.
Ora, mas isso pais responsáveis, amáveis, inteligentes sabem. Não precisa tese, nem orientação. Nem lei.
Vá dialogar, argumentar com uma criança quando ela está “possuída”. Passará vergonha.
Vergonha igual a que temos de congressistas que levam a cabo idéias “relevantes” como estas.
Lanço o movimento “palmada neles”. Nos congressistas, políticos da pior espécie, nestes hipócritas, e, tenho certeza, em geral péssimos pais.

Um comentário:

Márcia Angélica disse...

Absurda esta lei, além de tudo o que já foi dito, fica a dúvida: como será fiscalizada?!

AQUI E LÁ...

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310710 - O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior. Alfred Montapert